PROTOCOLO DE DESINFECÇÃO DE AMBIENTES CONTRA PRESENÇA DE MICRORGANISMOS OPORTUNISTAS, COM ENFASE NO CONTROLE DO VÍRUS SARS COV-2.
PROPOSTA DE TRABALHO
- Objetivo:
Tratamento químico de ambientes humanos de uso coletivos, com o objetivo de redução da carga microbiana, principalmente viral, no sentido de reduzir a quase zero a possibilidade, destes ambientes, de albergarem, e transmitirem microrganismos oportunistas, aos usuários dos mesmos.
- Objeto:
Temos como objeto deste trabalho a redução da carga viral, principalmente SARS COV-2, para redução do risco de adquirir uma síndrome COVID-19.
INFORMAÇÕES PERTINENTES DO OBJETO DO TRABALHO, O SARS-COV -2
- Estrutura orgânica do SARS COV-2:
- Componentes do estrutura orgânica:
. Envelope: parte externa, com uma composição estrutural formada por lipídios e proteínas.
. Capsídeo: estrutura proteica interna que armazena a fita de RNA do genoma.
. Proteína S (Spike): tem como fundamental função a passagem do vírus pela membrana celular do futuro hospedeiro.
FORMAS DE TRANSMISSÃO DO SARS COV-2
- Principal forma de transmissão do vírus SARS COV-2 é através de gotículas de secreções nasofaringe e orofaringe provocadas por tosse, espirro ou fala de pessoas contaminadas, que são respiradas, ou entram em contato com mucosas (boca, nariz ou olhos) de outras pessoas do mesmo ambiente.
- Porém, outras vias de contaminação, como o próprio ambiente que estas gotículas podem se assentarem, não devem ser desprezadas, pois se alguém entrar em contato com elas e levarem suas mãos a suas próprias mucosas, o risco é grande de se contaminar.
Trabalhos técnicos atuais informam que o vírus pode ficar viável em uma superfície em até 09 dias.
FORMAS DE SE EVITAR A TRANSMISSÃO
- Asseio pessoal, conduta pessoal e EPI:
. Higiene frequente das mãos e narinas, como desinfecção.
. Isolamento social possível.
. Máscaras cirúrgicas, e quando necessário luvas, em ambientes aglomerados.
- Higienização ambiental, tanto doméstica, como corporativa;
. Limpeza: remoção de sujidades, como gordura e proteínas, que albergam e protegem microrganismos oportunistas.
. Desinfecção: visa matar, ou inabilitar a capacidade infectante, microrganismos em forma vegetativa.
ESTRATÉGIA PARA CONTROLE DE MICRORGANISMOS OPORTUNISTAS, COM ENFASE NO CONTROLE DO CORONAVIRUS, EM AMBIENTES COLETIVOS.
- Avaliação dos riscos, operacionais e sanitários, da área a ser trata:
. Volume de pessoas usual do local, e suas rotinas de presença.
. Tipo de edificação, e suas circunstâncias.
. Definição de pontos de risco baixo, médio e alto, para transmissão.
- Definição de produtos saneantes e tecnologia de aplicação dos mesmos.
. Produtos saneantes: que removem, ou elimina, microrganismos e seus albergues.
. Tecnologia de aplicação: equipamentos, ou dispositivos, que potencializam a eficiência dos saneantes.
- Planejamento Operacional:
. Definição de etapas de execução.
. Número de pessoas envolvidas.
. Proteção de equipamentos, documentação, áreas restritas e etc.
. Práticas de segurança operacional, tanto pessoal, como corporativa.
DEFINIÇÕES DE ITENS IMPORTANTES DA ESTRATEGIA DE CONTROLE
- Áreas de Risco, grau baixo, médio e alto, para transmissão.
O risco de transmissão de uma área é definido pela frequência, e volume, do coletivo que a usa.
. Baixo risco: lugares pouco frequentado e por poucas pessoas, e que tenha pouca interação com as mesmas.
Ex.: arquivo morto.
. Médio risco: que é muito frequentado e tem interação com as pessoas, porém quase com uso exclusivo a uma pessoa.
Ex.: bancada de trabalho.
. Alto risco: muito frequentado, muita interação e muita gente.
Ex.: banheiros.
- Definição de produtos saneantes:
Entendo a estrutura orgânica do vírus, acima mostrada, e consequentemente suas fragilidades, como também as estratégias de controle, podemos definir mas acertadamente uma saneante.
. Por exemplo, se sabemos que o vírus é envelopado com uma estrutura que apresenta lipídeos (gordura), como também, uma superfície muito tocada tende a apresentar gordura, nos indica a necessidade de uma formulação que tenha tenso ativos (desengordurante).
. Por outro lado, o vírus necessita da proteína S , localizada na superfície do envelope, para poder acessar o interior da célula hospedeira, devemos ter na formulação do saneante um desnaturador proteico, como um oxidante.
Muitas vezes, não há necessidade de inativar por total o vírus, basta remover sua capacidade de acessar o interior de nossas células, para não termos a transmissão.
. Também a necessidade de eliminarmos rápido qualquer possibilidade de transmissão, ai você pode usar, na formulação do saneante, um disruptor genético, com condensação cromossômica. Usado quando existe alta suspeita que o ambiente foi contaminado.
- Definição de tecnologias de aplicação dos saneantes:
Para definirmos quais seriam as melhores tecnologias de aplicação de saneantes, precisamos entender as forma de contaminação do ambiente.
Existe duas principais possibilidades:
. Gotículas de secreção naso-orofaringe, através da fala, espirro ou tosse, as quais podem permanecer por até três horas no ar, dependendo do seu tamanho, umidade relativa do ar, fluxo do ar interior e etc, podem se depositar em lugares bem variados.
Exemplo de tecnologia de aplicação: atomização ou termonebulização, para aplicação espacial, reproduzindo as mesmas condições das gotículas, e consequentemente atingindo os mesmos lugares.
. Ou pelas mãos, que ao tocar nas secreções naso-orofaringe, ou em alguma superfície contaminada, ira espalhar a contaminação. Tais locais tendem a ter mais sujidades nas superfícies, o que dificulta o controle, necessitando uma formulação que tenha um agente químico de limpeza (tenso ativos).
Exemplo de tecnologia de aplicação: nebulizadores manuais, para aplicação local, sendo uma aplica de produto tenso ativo e outra, após a primeira, de biocida com residual.